quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sedentarismo contribui para número cada vez maior de obesos no Brasil.

 O último Congresso de Cardiologia deste ano foi o mais importante de prevenção cardiovascular. O"Brasil and Latin Prevent" contou com a presença dos presidentes das maiores sociedades de cardiologia do mundo, em Salvador dia 7 de dezembro. A surpresa foi a dura e incisiva constatação que o sedentarismo passou a ser dos mais danosos fatores de risco para a maior causa de mortes no mundo, a doença cardiovascular.

 Nos países desenvolvidos, ela diminuiu ao redor de 10%, enquanto nos países em desenvolvimento está ainda elevada e sem diminuição. A primeira consequência é o enorme crescimento da obesidade (chegou à 64%) em nosso país, e daí a cascata de doenças cardíacas degenerativas, diabetes, hipertensão arterial e outras.
 Os dados do nosso IBGE mostraram que o brasileiro apesar de 200 mil futebolistas profissionais, 400 mil corredores de rua, milhares de surfistas e outros esportistas, tem o sedentarismo na faixa de 80% da população. E isso contando todas as caminhadas para ir à escola ou ao trabalho.
Sedentarismo euatleta (Foto: Getty Images)Homem acima do peso: sedentarismo é fator de risco para doenças cardiovasculares (Foto: Getty Images)
 As mulheres são mais sedentárias que os homens, provavelmente pela absoluta falta de tempo, nos dias de hoje, onde a dupla e tripla jornada delas é um problema não resolvido. 
 As informações divulgadas no congresso, pelos autores das pesquisas, nos deram a esperança de que iniciativas dos vários setores da sociedade podem mudar esse cenário.
 Andar, correr, nadar e pedalar são as primeiras opções desde a infância, que mostra um aumento grave de sedentarismo e obesidade, como já expusemos em artigo anterior.
 Não precisamos de academias, equipamentos, roupas especiais... apenas vontade! Não precisamos de medicamentos para emagrecer, pois uma dieta saudável e exercício físico regular em poucos meses já mostra o bom resultado.
 Em tempo, o uso de polivitamínicos foi debatido nesse congresso e considerado sem nenhuma utilidade para a prevenção da saúde, em pesquisas sérias publicadas em revistas de grande importância científica. A reeducação alimentar orientada por nutricionista resolve e sai muito mais em conta.
 Para quem quiser se aprofundar no tema seguem referências: Angell PJ Br J Sports Med 2012;46:i78-i84 e Deligiannis A et al. European Journal of Cardiovascular Prevention & Rehabilitation 2006;13:687-

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