Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro mostra que três horas de exercícios físicos semanais são capazes de retardar e até prevenir o Alzheimer, inclusive nos casos em que há predisposição genética.
O estudo que durou quatro anos levou em consideração fatores genéticos que podem aumentar o risco do processo neurodegenerativo e a existência de substâncias associadas à formação de placas amilóides, depósitos que causam inflamações e prejudicam os neurônios, aumentando em até quatro vezes o risco de Alzheimer.
“Vários estudos já apontaram que os idosos apresentam essa inflamação e essa inflamação é sistêmica, então ela está presente no meu corpo inteiro, e, uma vez presente, ela está sinalizando que tem a ação do sistema imunológico, que ele pode estar causando a morte de algumas células”, explicou a pesquisadora Carla Nascimento.
Essas inflamações trazem prejuízos com o tempo e afetam a saúde do cérebro, mas isso pode mudar com uma rotina de exercícios como a proposta na pesquisa, em que a atividade é contínua e tem nível moderado. Resumindo, é como se a atividade física funcionasse como um anti-inflamatório natural, ajudando a frear o processo de degeneração.
O estudo focou idosos com comprometimento cognitivo leve, uma condição que frequentemente precede o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
A gente verificou que existe uma redução desses marcadores de inflamação para esses idosos com uma melhora nesses componentes de funções cognitivas, que
são memória, atenção, concentração, planejamento” Carla Nascimento, pesquisadora.
“A gente verificou que existe uma redução desses marcadores de inflamação para esses idosos com uma melhora nesses componentes de funções cognitivas, que são memória, atenção, concentração, planejamento, sequenciamento para executar as atividades da vida diária”, disse Carla..
Matéria publicada no site Globo.com
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