terça-feira, 9 de junho de 2015

A importância da atividade física na prevenção de doenças na terceira idade.

  Introdução
  O envelhecimento da população é um fenômeno que vem ocorrendo rapidamente nas últimas décadas, provocando mudanças na vida das pessoas, principalmente com relação à saúde. O estímulo a hábitos saudáveis é uma das melhores soluções para manter a qualidade de vida dos idosos e reduzir ao máximo o período de morbidade, em que as doenças são mais intensas.

  Ter uma alimentação adequada e balanceada, praticar exercícios físicos regularmente, diminuir a automedicação, ter uma convivência social estimulante e atividades prazerosas que atenuem o estresse, reduzindo os danos decorrentes do consumo de álcool e tabaco são ações que  promovem modos de vida favoráveis à saúde e à qualidade de vida contribuindo para um envelhecimento ativo e saudável.
Promover o envelhecimento ativo e saudável significa  prevenir a perda de capacidade funcional da população idosa através da preservação da sua independência física e psíquica, bem como garantir o acesso a instrumentos diagnósticos adequados, a medicação e a reabilitação funcional.
  A atividade física regular para as pessoas que atingiram a fase denominada envelhecimento, não pode ser considerada algo novo. Relativamente novo é o respaldo científico que a atividade física na terceira idade tem recebido.
  A difusão do exercício físico para idosos tem se tornado uma estratégia simples, barata e eficaz tanto para diminuir os gastos com saúde quanto para melhorar a qualidade de vida, o que tem sido demonstrado em inúmeros estudos.
REFERENCIAL TEÓRICO
  Histórico do envelhecimento
  Desde o nascimento a vida se desenvolve de tal forma que a idade cronológica passa a se definir pelo tempo que avança. e o tempo se influenciam mutuamente, produzindo profundas mudanças nas subjetividades e diferentes representações  passam a ser problemáticas fundamentais no processo do envelhecimento humano, e aparecem de forma reiterada no discurso dos idosos, embora possam adquirir diferentes nuanças e intensidades dependendo da sua situação social e da própria estrutura psíquica (GOLDFARB, 1998).
Corpo e tempo se entrecruzam no devir do envelhecimento, e como consequência disso, nascerá as diversas velhices. Entretanto, se cada pessoa tem a sua velhice singular, as velhices passam a ser incontáveis e a definição do próprio termo torna-se um impasse. Afinal, uma pessoa é tão velha, tendo como referencial algum tipo de declínio orgânico, ou são as maneiras pelas quais as outras pessoas passam a encará-las que as confinam num reduto denominado Terceira Idade.

     Na década de 60, apenas 5% da população tinham mais que 60 anos, as previsões para 2020 são 13% da população com essa idade ou mais. Entretanto, a transformação da velhice em problema social não pode ser encarada apenas como decorrente do aumento demográfico da população idosa. Dessa maneira, a problemática do envelhecer órbita mais em torno do funcionamento da sociedade no qual está inserida do que no volume da mesma (Dourado e Leibing, 2002). Trabalho preventivo em relação aos idosos visando, principalmente, prepará-los para um melhor enfrentamento deste período.
     É fundamental que se perceba que o envelhecimento não é somente um “momento na vida do indivíduo, mas um ‘processo’ extremamente complexo e pouco conhecido, com implicações tanto para quem o vivencia como para a sociedade que o suporta ou assiste a ele” (Fraiman, 1995, p.19). Segundo Bacelar (1999), trata-se de um conjunto de alterações psicofísicas do organismo da pessoa e de sua maneira de interagir com o meio social no qual está inserida.
     A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o envelhecimento em quatro estágios:
   Meia-idade: 45 a 59 anos;
  Idoso (a): 60 a 74 anos;
  Ancião: 75 a 90 anos;
  Velhice extrema: 90 anos em diante.
     Alguns ainda preferem direcionar suas vidas para a religiosidade, a contemplação, fazer trabalhos humanitários e sociais, investindo na vida de outra forma e sentem-se felizes em agir assim. Percebe-se, então, que há várias formas para se viver depois dos idos sessenta anos e não poucos como se pode pensar. Em contrapartida, ainda para alguns, à velhice, tal qual a concebem, continuará a ser o reduto de orações diversificadas, que tentam compensar carências afetivas e doenças que sinalizam o fim iminente.
     A característica principal da velhice é o declínio, geralmente físico, que leva as alterações sociais e psicológicas.  
     A realidade brasileira marginaliza as pessoas idosas. Isto não costuma ocorrer em outras culturas, como por exemplo, a cultura oriental que integra intensamente os idosos à vida social. Para estes, o velho não é sinônimo de senil e sim um sábio, transcendendo a conotação pejorativa dos brasileiros que, muitas vezes, não veem a hora de internar seus idosos quando não os segregam dentro de suas próprias famílias.
  Exercícios na terceira idade
    O envelhecimento da população é um fenômeno que vem ocorrendo rapidamente nas últimas décadas, provocando mudanças na vida das pessoas, principalmente com relação à saúde. O estímulo a hábitos saudáveis é uma das melhores soluções para manter a qualidade de vida dos idosos e reduzir ao máximo o período de morbidade, em que as doenças são mais intensas.
    O desenvolvimento de programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças tem como objetivo a mudança do modelo assistencial no sistema de saúde e a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários de planos de saúde.
       O exercício físico é benéfico em todas as idades, auxiliando sempre na manutenção saúde,    bem-estar e qualidade de vida.
    Os alongamentos são de suma importância, para prevenção de lesões, e para o ganho de amplitudes dos idosos, devendo ser priorizados durante o programa de exercícios.
    Dados científicos já relacionam longevidade a exercícios físicos na terceira idade. Já está provado que eles ajudam a chegar a uma idade avançada com saúde e disposição. Viver bem e bastante é um desejo da maioria das pessoas. Uma alimentação adequada, combinada com uma dieta equilibrada e atividades diárias, são fatores facilitadores para uma boa qualidade de vida em qualquer fase. Depois de certa idade o corpo não é mais o mesmo.
    Com o tempo, tem-se uma perda significativa, de todas as capacidades motoras, tais como: Flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora, força, além de uma grande perda da massa muscular e óssea resultando assim em um aumento da gordura corporal. A atividade física na terceira idade entra como um elemento indispensável, para retardar o processo de envelhecimento.
    Benefícios
    Dentre os benefícios obtidos, alguns são: maior resistência corporal, flexibilidade, força muscular, equilíbrio e melhorias nas realizações das atividades práticas do dia-a-dia. Segundo especialistas, o exercício físico também pode ajudar na manutenção e na melhora da memória, já que pela repetição e dificuldade na realização dos movimentos exigidos, trabalha-se a concentração, a atenção, o raciocínio e o aprendizado motor.
      Com o passar dos anos, corpo e organismo vão envelhecendo, dando espaço, principalmente a partir da terceira idade, a sérias doenças. Por isso, é preciso cuidar da saúde desde cedo, numa tentativa de prevenir essas enfermidades.
    Abaixo estão listadas, de acordo com o Ministério da Saúde, as principais doenças que ocorrem com maior intensidade entre os idosos, quais são suas causas, seus sintomas e os métodos preventivos para cada uma delas:
  Doenças cardiovasculares, como o infarto e a insuficiência cardíaca, são provocadas pela falta de atividades físicas (sedentarismo), por causa do fumo e devido à alimentação não saudável. Seus principais sintomas são: falta de ar, dor no peito, inchaço e palpitações. Para prevenir esse tipo de doença é fundamental a prática de exercícios físicos periodicamente, não fumar e manter o controle do peso e do colesterol (taxa de gordura no sangue), seguindo uma alimentação balanceada e saudável;
  A diabetes é provocada, também pelo sedentarismo, obesidade e, ainda, é uma doença genética. Seus principais sintomas são: muita sede e aumento no volume de urina. Para prevenir, é preciso controlar o peso e a taxa de glicose no sangue. As pessoas que já tem casos de diabéticos na família devem redobrar os cuidados e seguir rigorosamente uma dieta rica em nutrientes e com o mínimo de  açúcar possível;
  A osteoporose, talvez uma das doenças mais perigosas, pois não possui sintomas aparentes, sendo, geralmente, diagnosticada pelas fraturas, que ocorrem devido ao enfraquecimento dos ossos. Suas principais causas são o fumo, sedentarismo e falta de cálcio. As mulheres são até sete vezes mais atingidas que os homens. Para prevenir, mais uma vez, é necessário praticar atividades físicas regularmente, não fumar e seguir uma alimentação rica em cálcio;
  O AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou derrame também é muito comum entre os idosos. Essa doença é causada pela pressão alta, fumo, sedentarismo, obesidade e alto colesterol. Seus principais sintomas são tontura, desmaio e paralisia súbita. A prevenção é feita através da prática de atividades físicas regulares, controle do peso, da pressão arterial e do colesterol.
  Principais doenças prevenidas pela atividade física:
  Doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC): A prática regular de exercícios pode ajudar a prevenir doenças cardíacas e AVCs, fortalecendo o músculo cardíaco, reduzindo a pressão arterial, aumentando os níveis de HDL (colesterol bom), diminuindo os níveis de LDL (colesterol ruim) e melhorando a circulação.  Estes fatores também podem  diminuir o risco de doença vascular periférica.

  Hipertensão arterial:
A atividade física pode reduzir a pressão arterial de pessoas hipertensas. Além disso, reduz a gordura corporal, que também está relacionada com níveis elevados de pressão arterial.

  Diabetes: No caso de pessoas que não dependem da insulina, os exercícios físicos reduzem a gordura corporal e ajudam a prevenir e controlar a doença

  Obesidade: A atividade física ajuda a reduzir a gordura corporal e aumentar a massa muscular, provocando o aumento do consumo de calorias pelo organismo. Em associação com uma alimentação adequada, ajuda a controlar o peso e combater a obesidade, importante fator de risco para várias doenças.

    
  Dor lombar: Melhorando a força muscular, a flexibilidade e a postura, a atividade física ajuda a prevenir dores lombares.

  Osteoporose: Os exercícios físicos favorecem a formação dos ossos e podem evitar a perda óssea associada ao envelhecimento.
  Estudos sobre os efeitos psíquicos da atividade física demonstram que a prática regular de exercícios pode melhorar o humor e a autoestima devido a produção de endorfina.

  Pesquisas importantes mostram que a atividade física pode, também, combater a depressão e a ansiedade.



     Conclusão:
      O exercício físico é benéfico em todas as idades, auxiliando sempre na manutenção saúde,   bem-estar e qualidade de vida.
     A difusão do exercício físico para idosos tem se tornado uma estratégia simples, barata e eficaz tanto para diminuir os gastos com saúde quanto para melhorar a qualidade de vida, o que tem sido demonstrado em inúmeros estudos.

 

















Referências:
http://www.atividadesfisicas.com.br/atividade-fisica-na-terceira-idade/   Acesso em 01/05/2014
GOBBI, S. Atividade física para pessoas idosas e recomendações da organização mundial de saúde de 1996. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. V. 2, N. 2, Pág. 41 – 49, 1997

http://www.saude.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=143&catid=2&Itemid=17 Acesso em 01/05/2014

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